Família de fotógrafo brasileiro desaparecido no Peru há 10 dias faz apelo ao Itamaraty

  • 10/06/2025
(Foto: Reprodução)
Edson Vandeira e dois peruanos seguiram para a montanha Artesonraju na quinta-feira (29) e estão desaparecidos desde domingo (1°). Operações de resgate são feitas no Nevado Artesonraju. Fotógrafo brasileiro desaparecido em montanha no Peru compartilhou expedições Amigos e familiares do fotógrafo brasileiro Edson Vandeira, de 36 anos, que está desaparecido desde domingo (1°) após escalada no Nevado Artesonraju, pico de 6.025 metros localizado na Cordilheira Blanca, no Peru, enviaram uma carta ao Itamaraty com apelo por auxílio urgente nas buscas, que já duram 10 dias. “Temos esperança de estarem presos em uma fenda, esperando por ajuda”, informou a irmã do brasileiro, Jackeline Vandeira. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Na carta, que tem a assinatura de 18 entidades ligadas ao montanhismo, explica que a região é de difícil acesso e de condições climáticas severas impõem desafios que excedem as capacidades das equipes de resgate. Pedem que as buscas sejam intensificadas, sendo feito contato às autoridades peruanas para que o resgate avance com equipamentos necessários. Solicitam ainda que a situação seja tratada como prioridade absoluta. Entre as entidades que assinaram a carta enviada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, estão familiares e amigos da vítima, Marcio Hoepers, presidente da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada, Leandro Pereira, presidente do Clube União Marumbinismo e Escalada, Vitor Augusto Uhle, presidente da Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo, entre outros presidentes e representantes de centros e clubes de montanhismo e excursionista. Jackeline disse ao g1 que o último contato que tiveram ocorreu por meio da assistência consular da embaixada brasileira. “Só nos dizem que estão cientes da situação e prestando assistência possível”, disse. Sobre as buscas, ela informou que estão focando na altura onde as pegadas mais recentes foram avistadas. Uma equipe segue por lá utilizando drones a partir do acampamento para varrer áreas específicas da montanha. “É muito incerto o que pode ter acontecido. Mas se pensa na possibilidade de terem caído em uma greta ou terem sido atingidos por um deslizamento de gelo”, afirma. Veja a carta na íntegra: "CARTA ABERTA AO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES (ITAMARATY) São Paulo, 9 de junho de 2025. Ao Senhor Ministro Mauro Vieira, Nós, familiares, amigos e colegas de montanhismo de Edson Vandeira Costa, fotógrafo e escalador brasileiro de 36 anos, viemos, por meio desta, fazer um apelo urgente. Edson está desaparecido desde 1º de junho de 2025, quando realizava uma expedição no Nevado Artesonraju, na Cordilheira Branca, no Peru, ao lado de dois montanhistas peruanos, Efraín Pretel Alonzo e Jesús Picón Huerta, que também permanecem desaparecidos. Desde então, mobilizamos todos os recursos possíveis, em colaboração com autoridades peruanas e voluntários locais, na tentativa de ampliar as buscas. No entanto, a região de difícil acesso e de condições climáticas severas impõem desafios que excedem as capacidades das equipes de resgate no momento. A operação necessita com urgência de apoio logístico mais robusto, incluindo um helicóptero especializado para varreduras aéreas em pontos críticos. Diante da gravidade da situação, apelamos pela atuação urgente do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com a Embaixada do Brasil no Peru, para intensificar as buscas e garantir que os esforços sejam imediatos, coordenados e eficazes. O contato direto e a pressão diplomática junto às autoridades peruanas são indispensáveis para que as expedições de resgate avancem de maneira resoluta, com os equipamentos necessários. O governo brasileiro tem o dever de atuar rapidamente para garantir todo o suporte possível. Cada minuto perdido reduz as chances de um desfecho positivo, e não podemos permitir que a burocracia ou a falta de ação comprometam vidas. É urgente que esta situação seja tratada como prioridade absoluta. Na expectativa de uma resposta rápida e eficaz por parte de Vossa Excelência, aguardamos sua ação imediata." Em nota, o Itamaraty informou que acompanha o caso com atenção. Confira a nota na íntegra: 'O Ministério das Relações Exteriores, por meio da Embaixada do Brasil em Lima, acompanha com atenção o caso e está em contato com a família do brasileiro, a quem presta assistência consular, e as autoridades locais. Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não divulga informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e tampouco fornece detalhes sobre a assistência prestada a brasileiros.' Edson morou Campo Grande (MS) e começou a praticar montanhismo há 17 anos. Redes sociais Buscas na montanha Na manhã de quinta-feira (5), guias que realizam buscas informaram terem encontrado pegadas perto de um deslizamento de terra, o que intensificou os esforços de resgate na área. "Pegadas que se acredita pertencerem aos jovens foram encontradas perto de um deslizamento de terra, o que intensificou os esforços de resgate na área", informou a Associação de Guias de Montanha. Além do brasileiro, outros dois montanhistas peruanos, Pretel Alonzo Homer Efraín, 34 anos, e Picón Huerta Jesús Manuel, 31 anos, também estão desaparecidos. O trio está desaparecido desde domingo (1°), quando deveriam ter retornado para o local em que estavam acampados. Apesar das difíceis condições climáticas e do terreno perigoso, as buscas pelos montanhistas, contam com o empenho de 45 pessoas, entre elas, estão: socorristas especializados, guias de montanha e familiares. "O acesso à região da montanha é muito difícil, leva um tempo para chegar de carro e a parte de caminhada dura 15 horas. É muito tempo, cada hora que passa a angústia aumenta", diz a irmã do brasileiro. Desaparecimento O trio seguiu para a montanha Artesonraju na quinta-feira (29). De acordo com o presidente da Associação de Guias de Montanha do Peru, Beto Pinto Toledo, o trio foi dado como desaparecido no domingo (1°) quando não retornou a um acampamento base ao longo da rota de escalada para passar a noite. Eles tinham como objetivo completar uma rota técnica ao cume da montanha, localizada dentro do Parque Nacional Huascarán, uma das áreas de montanhismo mais desafiadoras dos Andes. Edson concluiu aula para Guia Oficial de Montanhas no último dia 23 de maio Redes sociais Quem é o fotógrafo brasileiro? O fotógrafo nasceu em Suzano (SP) e morou em Mato Grosso do Sul por dois anos, período em que cobriu as queimadas no Pantanal em 2020. Edson iniciou a carreira aos 19 anos e tem no currículo trabalhos audiovisuais e fotográficos com a revista National Geographic e o History Channel. Edson morava em Huaraz, no Peru, a cerca de 400 km da capital Lima. Ele é especializado em coberturas fotográficas de aventura. Em 2021, foi finalista na competição Wildlife Photographer of the Year (WPY), na categoria fotojornalismo, por um trabalho sobre incêndios no Pantanal brasileiro. Em 2022, participou da série Andes Extremo, do History Channel, como personagem e cinegrafista. "Ele sempre foi muito sonhador. E, quando ele tinha mais ou menos 19 anos, escalou o Pico dos Marins, na serra da Mantiqueira, e a partir dali ele decidiu que seria algo que ele levaria para o resto da vida [...] A vida dele é a montanha, ele foi morar no Peru para ficar justamente mais próximo da montanha, que é a grande paixão", contou a irmã. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/06/10/familia-de-fotografo-brasileiro-desaparecido-no-peru-ha-10-dias-faz-apelo-urgente-ao-itamaraty.ghtml


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