EUA ignoram decisão da Justiça e recusam a libertar estudante pró-palestinos
13/06/2025
(Foto: Reprodução) Juiz havia determinado soltura de Mahmoud Khalil, detido há três meses por protestar contra guerra na Faixa de Gaza; caso expõe tensão entre Judiciário e governo Trump. Mahmoud Khalil fala com membros da mídia em junho de 2024
REUTERS/Jeenah Moon
O governo dos Estados Unidos recusou nesta sexta-feira (13) a cumprir decisão judicial que ordena a libertação de Mahmoud Khalil, estudante da Universidade de Columbia que participou de manifestações em favor dos palestinos e está detido há três meses, enquanto aguarda sua expulsão do país.
O juiz Michael Farbiarz, de um tribunal federal de Nova Jersey, havia determinado esta semana que Khalil não pode ser detido ou expulso com base em declarações do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que considerou o estudante uma ameaça aos Estados Unidos.
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O juiz havia dado um prazo até o meio-dia desta sexta-feira (13) para a libertação de Khalil, o que as autoridades não fizeram, segundo documentos da Justiça.
"O tribunal nunca decidiu que seria ilegal que a parte demandada [o governo] prendesse Khalil com base em outra acusação para deportá-lo", destaca o advogado do Departamento de Justiça nos documentos.
Desde a sua prisão em Nova York, em 8 de março, por protestar contra a guerra na Faixa de Gaza, Khalil se tornou um símbolo da vontade do presidente Donald Trump de silenciar o movimento estudantil em apoio aos palestinos.
Nascido na Síria, filho de palestinos, Khalil possui residência permanente nos Estados Unidos. Após a sua prisão, foi enviado para a Louisiana, a quase 2.000 km de Columbia.
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