Terrorismo, incompetência governamental e 'overstay': o que Trump argumenta para restringir cidadãos de 19 países nos EUA

  • 05/06/2025
(Foto: Reprodução)
Documento da Casa Branca afirma que medida visa impedir a entrada de terroristas nos EUA e outras ameaças à segurança nacional. Entenda qual a situação do Brasil neste contexto. Trump restringe a entrada de cidadãos de 19 países nos EUA O presidente Donald Trump assinou, nesta quarta-feira (4), uma medida que proíbe a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos e impõe restrições a estrangeiros de outras sete nações. Segundo a Casa Branca, a decisão foi tomada por motivos de segurança nacional. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp ▶️ Contexto: Trump já havia adotado uma medida semelhante durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021. Agora, de volta à presidência, ele voltou a endurecer as regras para a entrada de estrangeiros no país. A nova medida faz parte da estratégia do presidente para combater a imigração ilegal. Em 2023, antes da campanha presidencial, ele já havia prometido vetar a entrada de cidadãos de países considerados como uma ameaça à segurança dos Estados Unidos. No documento publicado nesta quarta-feira, o presidente elenca uma série de motivos para restringir a entrada de cidadãos de 19 países. Além de alegações sobre terrorismo, o governo cita a incapacidade dos governos locais em termos de segurança. Também pesa contra esses países o alto índice de permanência irregular de seus cidadãos nos EUA — o chamado overstay. 🚫 Para cidadãos de 12 países, Trump estabeleceu proibição total de entrada nos EUA. São eles: Afeganistão, Chade, Congo, Eritreia, Guiné Equatorial, Haiti, Irã, Iêmen, Líbia, Mianmar, Somália e Sudão. ⚠️ Para outros sete países, existe uma restrição parcial. São eles: Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela. Nestes casos, o governo dos EUA suspendeu a entrada de cidadãos com vistos de negócio, turismo, estudo e intercâmbio. Também houve a determinação para redução do tempo de validade para os demais vistos. Nas redes sociais, Donald Trump afirmou que a lista pode ser revisada a qualquer momento e que novos países podem ser incluídos. Veja a seguir os argumentos usados pelo governo dos EUA contra cada país afetado e entenda a situação atual do Brasil neste contexto. 🚫 Argumentos para proibição total Trump no Salão Oval da Casa Branca em 19 de maio de 2025 REUTERS/Kevin Lamarque ▶️ Afeganistão A Casa Branca afirmou que o Afeganistão não conta com uma autoridade central para a emissão de passaportes e documentos, tampouco dispõe de mecanismos eficazes de triagem e verificação de identidade. O governo também destacou que o país está sob o controle do grupo terrorista Talibã. Outro ponto levantado é a alta taxa de permanência irregular de cidadãos afegãos nos Estados Unidos — ou seja, muitos permanecem no país após o vencimento do visto. Os dados são de um relatório de 2023. Veja as taxas: Vistos de negócios/turismo: 9,7% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 29,3% ▶️ Chade O governo americano classificou como inaceitável a alta taxa de permanência irregular de cidadãos do Chade, que teria piorado entre 2022 e 2023. A Casa Branca afirma que os dados demonstram um "desrespeito flagrante" às leis imigratórias dos EUA. Veja as taxas: Vistos de negócios/turismo: 49,54% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 55,64% ▶️ Congo A Casa Branca também destacou a taxa elevada de cidadãos da República do Congo que permanecem nos EUA além do tempo autorizado. Confira: Vistos de negócios/turismo: 29,63% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 35,14% ▶️ Eritreia Os Estados Unidos questionam a capacidade da Eritreia de emitir documentos confiáveis e afirmam que o país se recusa a aceitar a repatriação de seus cidadãos deportáveis. Registros criminais de eritreus não são acessíveis ao governo americano. O governo também citou altas taxas de overstay. Confira a seguir: Vistos de negócios/turismo: 20,09% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 55,43% ▶️ Guiné Equatorial A Guiné Equatorial registrou uma das maiores taxas de permanência irregular entre estudantes e intercambistas. Veja: Vistos de negócios/turismo: 21,98% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 70,18% ▶️ Haiti A Casa Branca afirmou que o Haiti não tem uma autoridade central capaz de fornecer informações de segurança confiáveis. Ainda segundo o governo, a chegada de centenas de milhares de haitianos ilegais aos EUA durante a gestão de Joe Biden teria aumentado riscos de redes criminosas e ameaças à segurança nacional. A Casa Branca também citou as altas taxas de overstay. Confira: Vistos de negócios/turismo: 31,38% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 25,05% ▶️ Irã O Irã foi classificado como patrocinador estatal do terrorismo. O governo americano afirma que o país não coopera na identificação de riscos de segurança e se recusa a aceitar de volta seus cidadãos que precisam ser deportados. ▶️ Iêmen Os EUA afirmam que o Iêmen não possui autoridade confiável para emissão de documentos e argumentam que o governo local é incapaz de controlar o próprio território. Desde março, o país tem sido alvo de operações militares americanas. ▶️ Líbia O governo americano afirma que a Líbia não possui uma autoridade competente para emissão de documentos. Segundo os EUA, a presença histórica de grupos terroristas no país aumenta os riscos para segurança aos americanos. ▶️ Mianmar A Casa Branca disse que Mianmar não coopera com o retorno de cidadãos que serão deportados, além de apresentar uma das maiores taxas de permanência irregular. Veja a seguir: Vistos de negócios/turismo: 27,07% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 42,17% ▶️ Somália Os Estados Unidos afirmam que a Somália não tem controle efetivo sobre seu próprio território e não possui uma autoridade central para emissão de documentos e triagem de segurança. O país também foi apontado como um refúgio seguro para grupos terroristas. Além disso, o governo dos EUA declarou que a Somália não coopera para receber de volta cidadãos deportados. ▶️ Sudão Segundo o governo americano, o Sudão não tem capacidade suficiente para emissão de documentos confiáveis. Muitos cidadãos do país também ficam além do permitido nos EUA. Veja taxas: Vistos de negócios/turismo: 26,30% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 28,40% ⚠️ Argumentos para restrição parcial Tarifas de Trump têm levado à escalada de guerra comercial global. Getty Images via BBC ▶️ Burundi O governo dos Estados Unidos incluiu o Burundi na lista de nações com altas taxas de permanência irregular. Cidadãos do país frequentemente permanecem no país além do tempo autorizado pelos vistos. Veja as taxas: Vistos de negócios/turismo: 15,35% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 17,52% ▶️ Cuba Cuba foi classificada como Estado patrocinador do terrorismo. Segundo a Casa Branca, o governo cubano não compartilha informações de segurança com os EUA e se recusa a aceitar de volta cidadãos deportados. O governo cita ainda taxa significativa de overstay. Confira: Vistos de negócios/turismo: 7,69% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 18,75% ▶️ Laos Os Estados Unidos destacaram que o Laos tem um histórico de não cooperar com o retorno de seus cidadãos deportados. Além disso, foi registrado um alto índice de permanência irregular em vistos de turismo. Veja os dados: Vistos de negócios/turismo: 34,77% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 6,49% ▶️ Serra Leoa Serra Leoa também aparece entre os países que se recusam sistematicamente a receber de volta seus cidadãos em situação irregular. Segundo os EUA, também há um elevado número de cidadãos serra-leoneses que ultrapassam o prazo permitido pelos vistos. Veja as taxas: Vistos de negócios/turismo: 15,43% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 35,83% ▶️ Togo A Casa Branca apontou que Togo tem taxas relevantes de overstay, especialmente entre estudantes e participantes de programas de intercâmbio: Vistos de negócios/turismo: 19,03% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 35,05% ▶️ Turcomenistão O Turcomenistão registrou índices relevantes de permanência irregular entre os diferentes tipos de vistos. Confira os dados: Vistos de negócios/turismo: 15,35% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 21,74% ▶️ Venezuela Segundo os EUA, a Venezuela não conta com uma autoridade confiável para emissão de passaportes ou outros documentos civis e também se nega a receber de volta seus cidadãos que são deportados. O país também está entre os que possuem uma taxa relevante de overstay, de 9,83% para vistos de negócios e turismo. Como fica o Brasil? Passaporte brasileiro Agência Brasil O Brasil não foi incluído na lista de países com restrições anunciada pelo governo americano. Historicamente, as duas nações mantêm relações diplomáticas plenas e amistosas. Recentemente, no entanto, membros do governo dos Estados Unidos sinalizaram a possibilidade de aplicar sanções e restringir a entrada de algumas autoridades brasileiras que colaboram com a "censura" de americanos. Em relação às deportações, o Brasil costuma cooperar com as autoridades americanas para receber de volta cidadãos expulsos. Neste ano, por exemplo, o governo brasileiro enviou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar deportados nos Estados Unidos. Dados do próprio governo dos EUA indicam que o Brasil registra taxas relativamente baixas de permanência irregular, ou overstay. Em 2023, os índices foram os seguintes: Vistos de negócios/turismo: 1,62% Vistos para estudantes, profissionais ou intercambistas: 4,60% VÍDEOS: mais assistidos do g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/06/05/terrorismo-incompetencia-governamental-e-overstay-o-que-trump-argumenta-para-restringir-cidadaos-de-19-paises-nos-eua.ghtml


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