EUA bombardeiam barco no Pacífico, em região próxima da América do Sul, pela 1ª vez

  • 22/10/2025
(Foto: Reprodução)
EUA atacam barco no Oceano Pacífico As Forças Armadas dos Estados Unidos bombardearam um barco que navegava perto da costa da América do Sul, no Oceano Pacífico, na terça-feira (21). As informações foram confirmadas pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth, na tarde desta quarta-feira (22). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Esse é o primeiro ataque militar reportado no Pacífico desde que o governo do presidente Donald Trump iniciou uma nova ofensiva contra o tráfico de drogas na região. Até então, bombardeios haviam sido feitos apenas na região do Caribe. O ponto exato do bombardeio não foi divulgado. Segundo a CBS News, uma autoridade de defesa confirmou que a ação aconteceu perto da costa da Colômbia, em águas internacionais. Questionado nesta quarta sobre se os EUA teriam autoridade para realizar tais ataques, Trump respondeu que sim. Seu secretário de Estado, Marco Rubio, reiterou: "Sim, pois os ataques ocorreram em águas internacionais". Trump justificou a ação afirmando que 300 mil pessoas morreram nos EUA por problemas relacionados às drogas. "Isso te dá autoridade legal. É um problema de segurança nacional", disse o presidente. Ele disse que os ataques no mar vão fazer com que os traficantes comecem a agir por terra, e que ele ordenará ações por terra, com o aval do Congresso. "Nós vamos atingi-los muito forte quando eles vierem por terra. E provavelmente iremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que estamos fazendo, quando chegarmos por terra. " Violações ao direito internacional Nas últimas semanas, ações do tipo foram criticadas por analistas. Na terça-feira (21), um grupo independente de especialistas na ONU afirmaram que os bombardeios violam o direito internacional e são execuções extrajudiciais. Leia mais abaixo. Segundo Hegseth, duas pessoas morreram no ataque de terça-feira. O secretário informou que o barco pertencia a uma “organização terrorista” e navegava em uma rota conhecida do tráfico internacional de drogas. “Havia dois narcoterroristas a bordo no momento do ataque, que foi realizado em águas internacionais. Ambos os terroristas foram mortos e nenhuma força norte-americana foi ferida nesse ataque”, escreveu em uma rede social. EUA bombardearam barco no Oceano Pacífico, perto da costa sul-americana Kayan Albertin/g1 O ataque aconteceu em meio ao aumento da presença militar americana no Caribe, que inclui destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6,5 mil militares. Segundo a agência Reuters, especialistas em direito têm questionado por que os ataques estão sendo conduzidos pelas Forças Armadas, e não pela Guarda Costeira, que é a principal agência de fiscalização marítima dos EUA. Analistas também questionam por que outras ações não são adotadas antes da execução de ataques letais. Em agosto, a Guarda Costeira lançou a Operação Víbora para interceptar drogas no Oceano Pacífico. Até 15 de outubro, a corporação informou ter apreendido mais de 45 toneladas de cocaína. Não está claro por que o governo optou por um ataque neste caso, em vez de interceptar a embarcação com a Guarda Costeira. Na semana passada, a Reuters revelou que dois suspeitos de tráfico sobreviveram a um ataque americano no Caribe. Eles foram resgatados e levados a um navio de guerra dos EUA antes de serem repatriados para Colômbia e Equador. Os ataques no Caribe já deixaram ao menos 32 mortos, mas o governo Trump não detalhou quantas drogas foram apreendidas nem quais evidências indicavam que as embarcações transportavam entorpecentes. LEIA TAMBÉM Trump instrui CIA a tomar medidas que podem levar à derrubada de Maduro na Venezuela, diz jornal Trump está interessado em se encontrar com Lula, diz autoridade da Casa Branca Diretora do Louvre admite 'falha terrível' em roubo de joias e diz que câmeras não cobriam janela por onde suspeitos entraram 'Execuções extrajudiciais' Barco é bombardeado pelos EUA no Oceano Pacífico Departamento de Guerra Os ataques dos Estados Unidos contra a Venezuela em águas internacionais equivalem a "execuções extrajudiciais", segundo um grupo de especialistas independentes da Organização das Nações Unidas. O grupo, nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, disse que os ataques violam a soberania do país sul-americano e as "obrigações internacionais fundamentais" dos EUA de não intervir em assuntos domésticos ou ameaçar usar força armada contra outro país. Apesar da justificativa de Trump de combater o tráfico de drogas, os especialistas apontam que "mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais". "Esses movimentos são uma escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe", disseram eles em um comunicado. O grupo afirmou ter entrado em contato com os EUA sobre o assunto e disseram que uma ação militar secreta ou direta contra outro Estado soberano constituiria "uma violação ainda mais grave" da Carta da ONU. VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/10/22/eua-bombardeiam-barco-no-pacifico-em-regiao-proxima-da-america-do-sul-pela-1a-vez.ghtml


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